Em Paulo Afonso, até o cemitério público estar
sendo ocupado por dependentes químicos, que intimidam a segurança e até mesmo
pessoas que vão ao campo santo visitar os túmulos dos entes queridos. A
depredação também acontece com freqüência. Um dos principais alvos é o
Cemitério Padre Lourenço Tori, que fica localizado no Bairro Centenário.
O cemitério possui vigias, que possuem somente a
função de zelar pelo patrimônio público. O Policiamento é feito por parte da
Polícia Militar, mesmo assim os usuários não estão se intimidando. No último
final de semana um usuário acabou sendo assassinado por outro no local, que
usou um jarro de um túmulo para praticar o crime.
Um sintoma típico do consumo exacerbado de drogas
na cidade é o desenrolar de alguns assaltos. Para conseguir comprar uma pedra
de crack, o viciado lança mão de qualquer coisa – uma chave de fenda, uma
pequena faca, simulacros – e roubam em pequenos comércios, como farmácias e
armazéns. Cada ação dessas, às vezes, não chega a render nem R$ 100,00 mas já ameniza a fissura do criminoso pela
droga.
Parte desses usuários, quando não são mortos por
dívidas contraídas e não pagas na boca de fumo, vai parar no presídio ou, no
caso de menores, no centro de internação. Poucos vão para centros de
recuperação. Uma quantidade menor ainda consegue se livrar do vício. Nesse
universo, o crescimento mesmo é de desesperança e impotência diante de um
quadro social cada vez mais alarmante. Postado pela
Agência RBN.
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