Preso na Operação Águia de Haia, que desbaratou um esquema
de fraudes de licitações em cerca de 20 municípios baianos, com rombo de R$ 57
milhões em recursos da educação, o empresário Kells Belarmino Mendes
voltou aos holofotes do setor político. É que conta-se que, ao conseguir
liberdade há cerca de um mês, Kells teria feito acordo de delação premiada com
autoridades federais. A informação é que o empresário, dono da Ktech – Key
Technology Gestão e Comércio de Software Ltda -, estaria disposto a dar nomes
de gestores envolvidos no esquema criminoso que desviava recursos do Fundeb
[educação básica].
Em setembro do ano passado, delegados da Polícia Federal,
Fernando Bebert e Fábio Muniz, relataram o modo de funcionamento em que Kells e
o grupo que chefiava operava, aliciando prefeitos e secretários de educação.
Com um propósito de contratar programas de computação para escolas, o processo
de licitação era forjado do começo ao fim, e já chegava pronto para ser
assinado pelos gestores. Kells, que é paraibano, tentou ingressar na política
pelo estado de São Paulo sem sucesso. A partir de 2010, ele passou a
"investir" na Bahia.
O empresário foi preso na manhã de 13 de
setembro em Guarajuba, no Litoral Norte. Na época, a PF listou 25 cidades do
estado investigadas na Operação Águia de Haia: Salvador, Camaçari (no distrito
de Guarajuba), São Domingos, Ruy Barbosa, Água Fria, Capela do Alto Alegre,
Mairi, Feira de Santana, Buerarema, Ilhéus, Itabuna, Camamu, Una, Ibirapitanga,
Camacan, Mirangaba, Uauá, Teixeira de Freitas, Paramirim, Livramento, Cotegipe,
Nova Soure, Itapicuru, Cipó e Ribeira do Pombal. Do Bahia Notícia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário