Mas, segundo ele, mesmo com esses percalços, o
Hospital Geral conseguiu alguns avanços, pois houve um aumento de 200% em
procedimentos, consultas, atendimento de emergência se comparado com 2015. No
que se refere ao número de cirurgias gerais realizadas no mesmo período,
ele disse que o aumento foi de 465%. Já no atendimento de Ortopedia
o aumento foi de 250%. Porém, segundo ele, esse aumento é
preocupante porque resulta de uma falta de assistência nas unidades
hospitalares de alguns municípios, o que provoca o aumento do número de
pacientes no Hospital Regional.
“O que tem lotado o hospital, é a quantidade de
pacientes nesse período vindos dos municípios vizinhos. O hospital anda
superlotado”, chamando atenção para alguns municípios onde os prefeitos
não conseguiram se reeleger ou fazer sucessor, e estão deixando de
oferecer a atenção básica, fazendo com que muitas pessoas procurem o HGST,
sobrecarregando o atendimento na unidade, que somados aos casos de urgência e
emergência tem feito com que pacientes fiquem nos corredores. “A estrutura
física do hospital não suporta mais atender uma região de 400 mil habitantes.”
Ele atribuiu à estrutura física e ao
subfinanciamento a crise pela qual a unidade vem passando, colocando a situação
financeira como a mais grave, pois da quantia de R$ 1.937.000, 00
(um milhão, novecentos e trinta e sete mil reais), repassados à Fundação pelo
Governo do Estado, 1 milhão e 400 mil são gastos com o pagamento da folha de
funcionários (574 mil reais) e de médicos (741 mil reais),
sobrando cerca de 600 mil reais para gerir um hospital com sete leitos de
UTI, além dos gastos com água, energia, medicamentos e outros materiais
Quando questionado porque apesar desse
valor que ele considera insuficiente para gerir de forma satisfatória o
hospital, a Fundação José Silveira insiste em continuar com o contrato,
Danilo disse que para manter outros contratos que são considerados bons
com o estado, a Fundação tem que assumir outros não tão bons
assim, como é o caso do contrato para gerir o Hospital Geral Santa Tereza,
classificado por ele como ruim para a Fundação, pois o dinheiro sequer dá
para cobrir os custos, imagine investir para garantir um atendimento melhor e
mais amplo.
Consócio para gerir o Hospital Geral
Santa Tereza: Sobre a proposta do governador Rui Costa de que o
Hospital Geral Santa Tereza seja gerido por um consórcio formado pelos catorze
municípios da área de abrangência da unidade hospitalar, Danilo disse que já
estava sabendo e que havia conversado sobre isso com o prefeito Ricardo Maia,
deixando bem claro que não se opõe desde que seja para melhorar as
condições de funcionamento do hospital. “Se for para melhorar o
hospital, que venha consórcio, que venha qualquer outra empresa. Se os
outros prefeitos tiverem a mesma cabeça que o prefeito de Pombal tem, eu não
tenho dúvida que dará certo”, disse o diretor.
Porém ele alertou que essa será uma experiência
única até agora na Bahia de um consórcio gerir um hospital e que ele não
sabe se com esse valor repassado pelo governo do estado será possível os prefeitos
gerirem satisfatoriamente o hospital, destacando, porém, que a grande vantagem
é que a gestão financeira será feita pela própria unidade, que
terá uma maior autonomia para otimizar os recursos. Mas ele entende
que o repasse feito no momento para o HGST é pouco e fica muito aquém daquilo
que a região precisa em termos de investimento na saúde, com a qual o estado
historicamente tem uma falta de atenção muito grande, alertando que o
contrato do governo com a Fundação José Silveira para gerir o hospital de
Ribeira do Pombal é um dos que têm o menor valor na Bahia em recursos para
hospital geral.
Funcionários: No que diz
respeito aos funcionários, ele disse que toda mudança causa uma certa
estranheza, mas sabe da competência de todos que trabalham no hospital,
definindo que sua equipe é a melhor equipe de saúde do Nordeste baiano. “Os
funcionários devem ficar tranquilos porque seja lá quem assuma, nós vamos
continuar trabalhando porque o movimento do hospital não vai parar em virtude
de mudança de gestão. E sobre direitos trabalhistas não é preciso se preocupar
porque isso já está constituído em lei”, disse o diretor mostrando confiança de
que seja quem for que venha assumir o hospital praticamente toda essa mão de
obra qualificada será aproveitada.
Salários atrasados: Danilo
garantiu que não há salários atrasados, nem de funcionários nem de médicos. O
que existe é atraso no pagamento de férias do mês de setembro, outubro e
novembro. Também a primeira parcela do 13º que deveria ser paga no dia 30 de
novembro não foi paga, mas que a Fundação tem até o dia 19 de dezembro para
fazer o pagamento de 100% do 13º salário. Ele informou ainda que a
renegociação que foi feita com os médicos que antes de ele assumir estavam
com salários atrasados e chegaram a fazer algumas paralisações, foi honrada e
que não existe nenhuma pendência nesse sentido e nem risco de uma nova
paralisação. Redação do www.pombalfm.com.br
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