quinta-feira, 17 de março de 2016

PREFEITOS ENTRARAM EM DESESPEROS

No último dia 10 de março os prefeitos brasileiros sofreram um duro golpe com a queda de 60% no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. Os repasses do FPM esperados para pagar folhas e outros compromissos, chegaram apenas 40% do previsto.

Nos 21 municípios do extremo sul da Bahia tem municípios que já vinha sofrendo queda gradativamente desde o início do ano passado e os prefeitos, até os mais otimistas, agora em março não suportaram e entraram desespero. 

Na região do extremo sul baiano os municípios mais afetados foram Itamaraju, Caravelas, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Nova Viçosa, Mucuri, Itabela, Itagimirim, Itapebi e Lajedão que sofreram exatamente uma queda de 60% na sua arrecadação financeira, no repasse do dia 10, o maior do mês.

Conforme o prefeito de Caravelas, Jadson Ruas (PDT), que é presidente da Associação dos Prefeitos do Extremo Sul, os municípios da região esperavam arrecadar o suficiente para pagarem suas contas, ou as folhas de pagamento no dia 10, mas foram pegos de surpresa com uma queda brutal de mais de 60% do FPM. Além disso, teve município da região extremo sul que o INSS e outras dívidas com a União, passaram as mãos nas minguadas receitas. Cerca de 80% das cidades do extremo sul da Bahia possuem o FPM como principal fonte de receita.

O presidente do Consórcio de Saúde da Costa do Descobrimento, Neto Guerrieri que é o prefeito de Eunápolis, promoveu uma reunião com os seus prefeitos e se disse preocupado com a crise.

O prefeito de Mucuri, Paulo Alexandre Mattos Griffo, o “Paulinho de Tixa” (PDT), explica que como o FPM é composto de 23,5% do que é arrecadado com Imposto de Renda e Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), a desaceleração da economia atingiu  em cheio os cofres municipais.

Conforme o prefeito de Teixeira de Freitas e tesoureiro da União das Prefeituras da Bahia, João Bosco Bittencourt (PT), a UPB vai realizar uma Assembleia na próxima semana e entre os assuntos da pauta estará a preocupação dos gestores com a queda de arrecadação das prefeituras e também com o fechamento das suas contas em dezembro de 2016. 

A presidente da UPB, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria, disse que em meio a essa crise, duas medidas devem ser adotadas como prioridades pelos municípios. Honrar com a folha de pagamento do funcionalismo, até porque, recebendo, eles irão consumir e, assim, movimentar o mercado. Outra medida é garantir os serviços essenciais, tais como saúde, educação, iluminação e privilegiar investimentos, pois eles aquecem a economia.  Fonte: Teixeira News.

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