Para muitas mulheres o dia 08 de março significa
um dia para se comemorar grandes vitórias e conquistas, e na política não é
diferente, afinal, cada vez mais as mulheres vem ocupando cargos políticos
outrora conferidos única e exclusivamente aos homens. Entretanto, na Bahia de
Joana Angélica, Maria Quitéria e tantas outras mulheres que fizeram nossa
história, possuímos tão somente 54 prefeitas, num estado que tem hoje 417
municípios, e que segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), são as mulheres,
a maioria do eleitorado baiano.
A inexpressiva participação feminina na política
é um mal herdado há milênios de dominação masculina somados à cultura, dos 30%
de vagas reservados às mulheres dentro dos partidos políticos, não chega a 10%
de preenchimento, uma demonstração clara de que a mulher ainda não absorveu a
ideia de ocupação deste espaço, assim como a sociedade. A criação da lei nº
9504/97, apesar de recente, já deveria ter inspirado uma maior mobilização das
mulheres para assumir expressivamente nosso panorama político.
Mesmo com a introdução de cotas são necessárias
outras ações afirmativas para que as cotas não se transformem apenas em
obrigatoriedade, sem a efetiva parceria entre mulheres e homens na condução das
questões políticas. A adoção de cotas sem dúvida incrementou a presença de
mulheres na política, todavia, a questão chave não é tão somente eleger mais
mulheres, o fator “mulher” não é determinante numa eleição, eleger uma mulher
pelo simples fato de ser mulher, recoloca em outra situação igualmente
constrangedora.
Embora as mulheres sejam 50,78% da população do
país, ainda há a necessidade da criação de políticas para que a igualdade entre
os gêneros tenha validade legal e seja ao menos minimizada. Nos últimos anos, a
mulher desenvolve uma diversificada trajetória política no país. Das Marchas da
Família com Deus pela Liberdade que comemoraram o golpe militar em 1964, na
votação do projeto de anistia no Congresso em agosto de 1979, e na manifestação
pelas eleições presidenciais diretas, em Brasília, 1984. Do site da UPB
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