Quem imaginava que tudo acabaria em pizza, perdeu. O lema
talvez seja que Justiça Federal tarda, mas não falha. Depois de cercarem muita
gente famosa, inclusive o ex-presidente Lula, o Ministério Público Federal
começa a centrar suas ações nas investigações de prefeitos e vereadores. Quem
não se lembra da Operação 13 de Maio, que, dentre outras coisas, fez busca e
apreensão na casa do prefeito comunista de Heliópolis, Walter Almeida Rosário?
Pois ela está em ação de novo, desta vez para continuar todo o processo. Seguidores dos implicados chegaram a pensar que tudo daria em nada, mas não é bem assim. Muitos dos envolvidos estão a dois passos da cadeia. Agora já pode ser preso o condenado em 2ª instância. A arrancada inicial se deve ao Ministério Público Federal (MPF), em Paulo Afonso, que denunciou, no dia 22 de setembro, 39 pessoas por fraudes em licitações que chegam ao valor de R$ 3,5 milhões – realizadas no município de Novo Triunfo.
Dois ex-prefeitos da cidade, José Messias Matos dos Reis, o Ligerinho, e Pedro José Carvalho, o Pedrinho, estão entre os denunciados. Ligerinho foi prefeito eleito em 2008, pelo PSDB, com uma votação magnífica, 3.746 votos, ou 67% do eleitorado. Colocou nas costas de do adversário Valter Coelho, do PR, 1926 votos de frente. Já o Pedrinho, eleito em 2004, teve desempenho um pouco inferior, mas ainda assim significativo. Foram 3.223 votos, ou 58% dos votantes. Seu adversário, José Claudio Oliveira Santos, o Claudinho, emplacou 2.300 votos. Ou seja, frente de 923 sufrágios.
Pois ela está em ação de novo, desta vez para continuar todo o processo. Seguidores dos implicados chegaram a pensar que tudo daria em nada, mas não é bem assim. Muitos dos envolvidos estão a dois passos da cadeia. Agora já pode ser preso o condenado em 2ª instância. A arrancada inicial se deve ao Ministério Público Federal (MPF), em Paulo Afonso, que denunciou, no dia 22 de setembro, 39 pessoas por fraudes em licitações que chegam ao valor de R$ 3,5 milhões – realizadas no município de Novo Triunfo.
Dois ex-prefeitos da cidade, José Messias Matos dos Reis, o Ligerinho, e Pedro José Carvalho, o Pedrinho, estão entre os denunciados. Ligerinho foi prefeito eleito em 2008, pelo PSDB, com uma votação magnífica, 3.746 votos, ou 67% do eleitorado. Colocou nas costas de do adversário Valter Coelho, do PR, 1926 votos de frente. Já o Pedrinho, eleito em 2004, teve desempenho um pouco inferior, mas ainda assim significativo. Foram 3.223 votos, ou 58% dos votantes. Seu adversário, José Claudio Oliveira Santos, o Claudinho, emplacou 2.300 votos. Ou seja, frente de 923 sufrágios.
Só que Pedrinho foi cassado pelo TRE. O presidente da
câmara, Manoel Messias, assumiu. Este foi assassinado com sete tiros em frente
a sua residência na noite do dia 1º de maio de 2008. Manoel Messias estava no
comando do município desde 2007, quando o ex-prefeito Pedro José Carvalho
Almeida (PR) e o vice Paulo José Almeida Silva (PSDB) foram cassados. Três dias
após o crime o comerciante José Almeida Sobrinho, pai do ex-prefeito e o
ex-secretário de obras João Batista foram presos, apontados como mandantes do
crime. Assumiu então o município o Ligerinho, que era vereador e virou
presidente da câmara. Na eleição daquele ano teve aquela extraordinária
votação.
Quem imaginava que tanta popularidade resultou em benefícios
para a população está enganado. Ambos mergulharam na organização criminosa e
foram banidos de qualquer possibilidade de êxito político, pelo menos por
enquanto. Só para se ter uma ideia, o Ligerinho disputou eleição este ano e
enfrentou o atual prefeito de Novo Triunfo, José Batista de Santana, o Batistinha,
e levou uma senhora surra de votos. Batistinha teve 3.960 votos, ou 66,55% dos
votos. Ligerinho foi bem devagar, apenas 1.990, ou 33,45%. Recebeu uma chuva de
1970 de frente.
As ações penais resultam da Operação 13 de Maio, deflagrada
em 2014, que identificou a existência de organização criminosa acusada de
desvio de verbas públicas repassadas, inclusive pelo governo federal, a
municípios baianos. Além de Walter Rosário, ex-prefeito de Heliópolis, também o
prefeito atual, José Ildefonso, o Nego, e o prefeito eleito da cidade de
Fátima, o Sorria, estão enrolados até os dentes.
Em Novo Triunfo, as irregularidades são simulações, ausência de publicidade e combinações de preços – cometidas em licitações de prestação de serviços de saúde e de construção e reforma, realizadas no período de 2008 a 2012, durante as gestões de Pedrinho (2005 a 2008) e Ligerinho (2009 a 2012). José Messias Reis é o único acusado em ambas as ações penais.
Em Novo Triunfo, as irregularidades são simulações, ausência de publicidade e combinações de preços – cometidas em licitações de prestação de serviços de saúde e de construção e reforma, realizadas no período de 2008 a 2012, durante as gestões de Pedrinho (2005 a 2008) e Ligerinho (2009 a 2012). José Messias Reis é o único acusado em ambas as ações penais.
O procurador da República Samir Cabus Nachef Júnior, autor
das ações, destaca que Pedrinho e Ligerinho, “em virtude de terem sido os
gestores do município de Novo Triunfo, à época dos fatos apurados, tinham o
dever legal de velar pela boa e fiel aplicação dos recursos repassados”. No
entanto, Nachef afirma que ambos foram coniventes com os atos ímprobos quando
efetuaram a homologação das licitações.
Além dos ex-prefeitos, as ações foram ajuizadas, ainda,
contra outros 37 acusados – incluindo um ex-chefe de licitações de Novo
Triunfo, Pablo Castro Cruz, sócios e terceiros ligados às empresas que
realizaram esquema para fraudar os processos licitatórios. Nachef explicou que
“em razão da extensão dos fatos e da grande quantidade de envolvidos, fez-se
necessária a divisão das irregularidades, com o consequente oferecimento de duas
denúncias”.
O MPF requer a condenação dos 39 denunciados pelos crimes
previstos no art. 1º, inciso I, do Decreto-lei nº 201/67 (apropriar-se de bens
públicos, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio, com pena de reclusão de
dois a doze anos); no art. 90 da Lei 8.666/93 (fraudar caráter competitivo de
procedimento licitatório, cuja pena é de detenção de dois a quatro anos, e
multa); e no art. 288 do Código Penal (associação de três ou mais pessoas, para
o fim específico de cometer crimes, cuja pena é de reclusão de um a três anos).
Na cidade onde os prefeitos são conhecidos pelas terminações inho ou inha, o comportamento de alguns políticos tem fortes ligações com o ão, mas não para causar no povo satisfação, união, comunhão. É a malfadada corrupção que assola nosso desenvolvimento. Meteram a mão no dinheiro público e agora vão ter que prestar contas. Não duvidem também se não aparecerem alguns para chamá-los de coitadinhos. Postado por Landisvalth Lima.
Na cidade onde os prefeitos são conhecidos pelas terminações inho ou inha, o comportamento de alguns políticos tem fortes ligações com o ão, mas não para causar no povo satisfação, união, comunhão. É a malfadada corrupção que assola nosso desenvolvimento. Meteram a mão no dinheiro público e agora vão ter que prestar contas. Não duvidem também se não aparecerem alguns para chamá-los de coitadinhos. Postado por Landisvalth Lima.
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