Após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar a prática da
vaquejada ilegal em todo o Brasil, o assunto repercute em todo nordeste, região
onde a modalidade é tradicional. Na Bahia, a mais conhecida vaquejada é a de
Serrinha.
Para o prefeito de Serrinha, Osni Araújo, a decisão deve
interferir na economia local. Já para o empresário Carlinhos da Serra, dono da
festa "Vaquejada de Serrinha", a proibição não interfere no evento.
"A festa vai continuar, se realmente não poder ter a prática esportiva
[vaquejada], os shows continuarão. O
evento já está consolidado", afirmou. Segundo Serra, são cerca de 200 mil
pessoas que curtem a festa. No entanto, o prefeito e o empresário não
informaram o volume financeiro gerado pelo evento.
No fim de semana da vaquejada, são criados mais de 5 mil
empregos; os hotéis da cidade e de outras da região ficam com 100% de ocupação,
informou o prefeito. "Acho que os shows talvez não sejam afetados, porque
são públicos diferentes, mas a corrida e os tradicionais bolões de vaquejada
que ocorrem nos finais de semana, durante o ano, devem ser afetados",
disse.
Contudo, o empresário Carlinhos da Serra mostrou também
preocupação com os envolvidos com a vaquejada. "Acredito que vá afetar os
profissionais que lidam diretamente com a prática esportiva, vai desempregar
muita gente. Estão mexendo em uma tradição nordestina", concluiu. Do site
Municípios Baianos
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