quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

BA/SE: DESMATAMENTO ILEGAL DA CAATINGA

Organização criminosa destrói o bioma caatinga nos municípios de Pedro Alexandre e Coronel João Sá, na Bahia. Em Carira, Estado de Sergipe, destruíram as matas e puseram milho em seu lugar. A organização criminosa derruba ilegalmente as matas, transportam e vendem madeira nobre como aroeira, angico, jurema, baraúna, caraibeiro, imburana e outras essências florestais. Ao destruir as matas a organização criminosa destrói o habitat, os animais da nossa fauna, acelera o processo de desertificação e impacta no regime de chuva de nossa região. 

Os criminosos se organizaram e se valem da mão-de-obra barata de trabalhadores braçais beneficiários do programa federal bolsa família, agora equipados com motos serras, caminhões e toda uma logística para transporte clandestino da madeira. Do município de Coronel João Sá, na Bahia, saem diariamente, do recém-assentamento rural situado na fazenda Rompe Gibão, em torno de 1.000m² de madeira para fornos de cerâmicas em Itabaiana, Estado de Sergipe. 

Os criminosos colhem a madeira ilegalmente e sem nenhum destemor transportam parte durante o dia e a maior parte durante a noite. Conscientes do crime que cometem muitos se escondem com a carga de madeira durante o dia em povoado Cipó de Leite, município de Pedro Alexandre, Bahia, e outros, no Povoado Altos Verdes, município de Carira, Sergipe, e somente após as 10 horas da noite viajam para se livrarem do objeto criminoso. 

O estranho é que os criminosos percorrem mais de 120 km, atravessam quatro cidades, três no estado de Sergipe e nunca são flagrados pela Policia Rodoviária Federal, IBAMA, INEMA, ADEMA, Polícia Civil, Polícia de Caatinga, ou seja, autoridade nenhuma. É como se a atividade não fosse criminosa e a ação penal não fosse pública incondicionada, quando, por lei é dever de qualquer autoridade agir para penalizar os criminosos sob pena de prevaricação. 

São cortadas, transportadas e vendidas a ceramistas no Estado de Sergipe, ilegalmente, cerca de 360m2 Ka’a (Mata) + tinga (branca). Mata branca é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. A caatinga ocupa cerca de 10% do território brasileiro e sua preservação é imprescindível para a sobrevivência dos indivíduos que a habita. Fonte: Mural do Sertão


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