A chapa nº 02 já havia sido inscrita e trazia como
presidente, José Clóvis Pereira – vice-presidente, Maria da Conceição – 1ª
secretária, Ana Dalva Batista Reis e, 2º secretário, Ronaldo Santana.
Durante todo o processo, a indignação do público
aumentava. Gritos, palavras de ordem, xingamentos, vaias, dirigidas sempre a Zé
do Sertão, Valdelício ou Giomar Evangelista. Ildinho foi aplaudidíssimo. Ana
Dalva, Ronaldo, José Clóvis e Maria de Renilson igualmente. O público já havia
tomado partido e a sessão solene ameaçava caminhar para o descambado, embora
Giomar tentasse em vão silenciar a plateia.
Começa então o processo de votação, logo após a
assinatura das cédulas eleitorais. Um a um seguem para o voto direto e secreto.
Ao final, é feita a contagem e os números refletem o que todos já esperavam: Chapa
01- 5 votos, Chapa 02- 4 votos.
Os novos administradores da Câmara Municipal de
Heliópolis tomaram posse para os próximos dois anos, claro, debaixo de uma
sonorosa vaia. Já no cargo, Valdelício Dantas da Gama dá posse ao vice-prefeito
Zé do Sertão. Ninguém ouviu seu juramento.
Nunca se viu uma quantidade tão grande de palavrões direcionados a um político na história de Heliópolis. A gritaria foi espetacular. Embora a mesa tentasse conter os ânimos, a ação foi inútil.
Nunca se viu uma quantidade tão grande de palavrões direcionados a um político na história de Heliópolis. A gritaria foi espetacular. Embora a mesa tentasse conter os ânimos, a ação foi inútil.
Quando foi a vez do prefeito Ildinho, houve também
muita zoada, mas eram aplausos, gritos de “Ildinho, Ildinho!”, um dos poucos
momentos alegres da solenidade de posse dos eleitos.
O momento infeliz ao extremo foi quando foi dada a
palavra a Zé do Sertão. Mais vaias, mais gritos ofensivos. Um verdadeiro
tumulto. Teimoso, o vice-prefeito continuou falando, mas era uma disputa
insana. A plateia sempre foi mais forte.
Para aumentar a desgraça, Giomar Evangelista
ameaçava tomar providências e chamar a polícia. Mas não adiantava, o povo
estava irritado com a traição de Zé do Sertão ao grupo fundado por ele próprio.
Para evitar um problema maior, já que o presidente
não tomava uma atitude, o prefeito empossado e os vereadores governistas se
retiraram do Plenário e convocaram a todos para deixarem a Câmara
Municipal.
Com o Plenário vazio, Valdelício tentou justificar
sua atitude de mudar de lado mais uma vez, rotina na sua atuação ao longo dos
oito mandatos. Giomar Evangelista, como sempre, enalteceu suas supostas
virtudes, já com a presença ostensiva da Polícia Militar.
Após o encerramento, os governistas voltaram para
assinar o Termo de Posse quando tudo parecia caminhar para a normalidade.
No dia em que Ildinho perdeu a maioria na Câmara
Municipal e rompeu definitivamente qualquer possibilidade de reaproximação com
seu vice, numa atitude inteligente, esvaziou o ambiente do Poder Legislativo e
evitou uma tragédia anunciada desde o início da sessão. Do Blog do Landisvalth
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