Os criminosos se organizaram e
se valem da mão-de-obra barata de trabalhadores braçais beneficiários do
programa federal bolsa família, agora equipados com motos serras, caminhões e
toda uma logística para transporte clandestino da madeira. Do município de
Coronel João Sá, na Bahia, saem diariamente, do recém-assentamento rural
situado na fazenda Rompe Gibão, em torno de 1.000m² de madeira para fornos de
cerâmicas em Itabaiana, Estado de Sergipe.
Os criminosos colhem a madeira
ilegalmente e sem nenhum destemor transportam parte durante o dia e a maior
parte durante a noite. Conscientes do crime que cometem muitos se escondem com
a carga de madeira durante o dia em povoado Cipó de Leite, município de Pedro
Alexandre, Bahia, e outros, no Povoado Altos Verdes, município de Carira,
Sergipe, e somente após as 10 horas da noite viajam para se livrarem do objeto
criminoso.
O estranho é que os criminosos
percorrem mais de 120 km, atravessam quatro cidades, três no estado de Sergipe
e nunca são flagrados pela Policia Rodoviária Federal, IBAMA, INEMA, ADEMA,
Polícia Civil, Polícia de Caatinga, ou seja, autoridade nenhuma. É como se a
atividade não fosse criminosa e a ação penal não fosse pública incondicionada,
quando, por lei é dever de qualquer autoridade agir para penalizar os
criminosos sob pena de prevaricação.
São cortadas, transportadas e
vendidas a ceramistas no Estado de Sergipe, ilegalmente, cerca de 360m2 Ka’a
(Mata) + tinga (branca). Mata branca é o único bioma exclusivamente brasileiro,
o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser
encontrado em nenhum outro lugar do planeta. A caatinga ocupa cerca de 10% do
território brasileiro e sua preservação é imprescindível para a sobrevivência
dos indivíduos que a habita. Fonte: Mural do Sertão
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