Ao
ouvir do representante do TCE/BA o exemplo prático de uma obra inacabada de uma
quadra poliesportiva e os indícios que sinalizam alguma irregularidade na
execução do equipamento, os estudantes do Colégio Central de Ribeira do Pombal
relataram que a situação apresentada se assemelha ao que é vivenciado pela
comunidade estudantil há alguns anos.
“Não
durou muito para a empolgação se transformar em frustração. Com o passar do
tempo, o número de operários foi caindo drasticamente até a obra parar
completamente. A empresa contratada abandonou o serviço e tivemos que acionar a
Direc. Fizemos a denúncia à Ouvidoria da Secretaria de Educação, colhemos
assinaturas para reclamar com as autoridades e achamos que, com a visita do
governador, teríamos o caso solucionado. Mas até agora nada”, informou o
estudante do 3º ano do ensino médio, Bruno Souza Almeida.
Mas
as denúncias não pararam por aí. Os alunos se queixaram também de problemas
estruturais e da falta de segurança, alegando que a unidade já foi assaltada
inúmeras vezes. O ouvidor adjunto do TCE/BA, Paulo Figueiredo, orientou os
alunos a formarem grupos e fotografarem a placa da obra, além da estrutura
abandonada. Ele também apresentou os canais de comunicação da Casa de Controle,
como WhatsApp (71) 99902-0166, telefone 0800 2843115 e o site
www.tce.ba.gov.br.
A
equipe da Ouvidoria visitou o local da obra e verificou a veracidade dos
depoimentos, constatando que a placa já não possui informações obrigatórias, a
exemplo do valor do investimento. A placa identifica apenas a obra como sendo
de “Ampliação de Unidade Escolar”, referente ao convênio 7035 06/2010,
celebrado com o governo federal, com contrapartida do governo estadual.
“Temos
conhecimento dos nossos direitos, mas não sabemos como exercer com efetividade.
Já tínhamos recorrido a algumas instituições, mas aprendemos na prática a força
do corporativismo. Não tivemos nenhuma resposta. O TCE se apresenta como órgão
autônomo e vamos apelar com certeza para a instituição. Não vamos compactuar
com uma irregularidade tão escancarada. É a nossa oportunidade que eles estão
assaltando. Não vamos deixar que roubem o nosso sonho. Não quero que outros
passem pela mesma situação”, afirmou Virna Andrade de Souza, estudante do 3º
ano do ensino médio.
Os
estudantes se comprometeram a buscar junto à direção os documentos referentes
ao equipamento, o abaixo-assinado, além de encaminharem pelo WhatsApp todas as
fotos solicitadas, o histórico e órgãos acionados até o momento. Do site TCE – Bahia.
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