“Minhas contas dos anos 2013 e
2014 foram aprovadas e creio que as razões que rejeitou 2015 serão
compreendidas, pois não houve má fé”, desabafou Adriano Araújo (PT), prefeito
de Teofilândia. O gestor afirmou que antes de serem
colocadas em julgamento as contas de 2015, o TCM lhe permitiu fazer uma defesa
oral e falou o quanto era difícil para ele está ali como cidadão comum, que já
não conta com motorista, nem secretária e sem a estrutura oficial que eu podia
contar no exercício do cargo.
Durante cinco minutos falou das dificuldades
para exercer o cargo de prefeito, ficando espremido entre o cumprir as leis e
as gritantes necessidades de uma população que batia em sua porta logo cedo,
recorria ao gabinete ou buscava ajuda em qualquer recanto da cidade onde o
encontrasse.
“Todos ao ver o prefeito parecem
que estão vendo um Deus todo poderoso, com capacidade para resolver todos os
problemas. Tenho certeza que o legislador elabora leis com objetivo de
salvaguardar os interesses coletivos, mas as faz sempre no conforto dos
gabinetes e o prefeito busca cumpri-las em meio à aridez da realidade”,
externou Adriano Araújo ao colegiado de conselheiros.
Professor Adriano, como é
conhecido, contou que apelou para os conselheiros para considerar os esforços
que fez para atender às leis e muitas vezes ao dilema de ter que escolher entre
ações para se preservar enquanto gestor ou tomar medidas para favorecer a
população e citou o exemplo da preocupação com o índice de pessoal na abertura
de mais um PSF e verificava as implicações de ter contratar mais pessoas e
correr o risco com as contas em aumentar o numero de médicos como urologista
por causa do alto índice de casos relacionados à próstata.
“Apresentei aos Conselheiros do TCM um dos pontos
que norteia as conversas entre prefeitos baianos e falei dos programas federais e
estaduais, onde muitas vezes, por já ter havido uma publicação nos meios de
comunicação, somos praticamente forçados a aderir, por causa da pressão da
população, cabendo ao município os custeios que sempre implicam ter que
contratar servidores, resultando com isto um aumento das despesas de pessoal”, continuou.
Continuando a relatar sua defesa
no TCM, Adriano Araújo pode provar das páginas elaboradas pelos técnicos
daquele Tribunal daquela casa que não nenhum ato de desonestidade com o erário
público, apenas inconformidade com as leis que chamou de “frias” ou de ordem
estritamente técnica, mas não a falta de uma prestação de contas de um recurso
aplicado.
No final, Adriano chamou atenção
a respeito o ano de 2015, quando já vivenciava uma seca e a crise que até
atravessava o país e abdicou concorrer à reeleição para não colocar em risco as
finanças do município, pois, segundo ele, no cargo de prefeito as pressões por
parte do grupo político do qual faz parte são grandes para a utilização da
máquina pública a serviço do candidato ou do grupo. Do Calila Notícias
Pauta para a 29ª Sessão Ordinária, 29 de março
2017. Relator - Cons. MÁRIO NEGROMONTE. Processo nº 02443e16
- Pedido de Reconsideração referente às contas da Prefeitura Municipal de
TEOFILÂNDIA, exercício de 2015. Interessado:
Sr. Adriano de Araújo. Última Decisão do TCM:
Rejeitado. Pesquisa Joilson Costa, Rádio Pombal FM, no site do TCM.
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