Neste dia 11 de outubro,
celebra-se o Dia Internacional das Meninas, data estabelecida pela
Organização das Nações Unidas (ONU), em 2012, com o objetivo de alertar
sobre a necessidade de se ampliar as estratégias para eliminar as
desigualdades de gênero em todo o mundo.
A data foi definida a partir de
um projeto da ‘Plan International’, uma organização não-governamental
que opera em todo o mundo, que lançou a campanha global ‘Por ser
Menina’. A campanha visa a conscientização sobre a necessidade do
enfrentamento das violências de uma forma geral – física, psicológica e
sexual – que afetam, sobretudo, as meninas.
A violência de gênero está retratada em números
oficiais. Dados do Disque 100, de 2016, revelam que foram registradas
84.725 denúncias de violências relativas a meninas e 64.441 relativas a
meninos no Brasil. No entanto, quando se trata de violência sexual, o
abismo é ainda maior: foram registradas 12.885 denúncias de abuso sexual
contra meninas e 3.043 contra meninos. No ranking dos números de
exploração sexual elas também estão no topo, já que foram registradas
3.816 denúncias contra meninas e apenas 647 contra meninos.
“Pelos dados
oficiais, observamos que as meninas sofrem mais violência sexual que os
meninos”, destacou a procuradora de Justiça Márcia Guedes, coordenadora
do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente do
Ministério Público estadual (Caoca). Na Bahia, a realidade é a mesma do
cenário nacional: nos últimos dois anos, foram registradas pelo Disque
100, 1.990 denúncias de violência sexual contra meninas e 534 contra
meninos, entre crianças e adolescentes. Do MPE Bahia.
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